Iconografia é a parte da História que estuda as gravuras, desde as mais primitivas até as mais elaboradas, desde as pinturas parietal nas cavernas até as gravuras em computação gráfica. As pinturas em quadros, os relevos, as estátuas e bustos também são objetos deste estudo. Das gravuras podemos absorver bastante conhecimento de um determinado povo ou cultura. Na criminologia, o estudo de fotos e vídeos ajudam a desvendar crimes. As imagens e gravuras falam e falam muito sobre o que aconteceu e de quem fez o registro iconográfico.
Ana Paula Rebelo Correia é licenciada e doutorada em História da Arte pela Université Catholique de Louvain (Bélgica), onde fez igualmente a Agregação em Metodologia das artes plásticas.
Investigadora independente, colabora com a Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, sendo responsável pelo inventário temático Azulejo. É professora de História da Arte e de Iconografia na Escola Superior de Artes Decorativas da Fundação Ricardo Espírito Santo onde coordena igualmente a licenciatura em Artes Decorativas. Tem desenvolvido vária investigação na área das fontes de inspiração e iconografia de temática mitológica na azulejaria, tema que defendeu na tese de doutoramento intitulada Histoires en azulejos: Mirroir et mémoire de la gravure européenne. Azulejos baroques à thème mythologique dans l’architecture civile de Lisbonne. Iconographie et sources d’inspiration.
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MEU COMENTÁRIO:
Não concordo com a interpretação da Unimes de que razões comerciais estavam em jogo, de fato os que estavam contra a idolatria, não queriam o monopólio do comercio das imagens, mas o fim do uso de imagens no culto cristão. Seria um contra-senso combaterem o culto as imagens e depois monopolizarem a venda das imagens.
"A iconoclastia era um movimento que propunha a destruição das imagens, pois
acusava a devoção aos santos de idólatria, com base numa interpretação
do Antigo Testamento. Em Bizâncio, as imagens santos recebiam uma
devoção que era vista como deturpação, pois os devotos estariam mais
preocupados com a representação em si do que com a pessoa representada.
Na verdade, novamente, por trás de uma disputa religiosa também
havia outros interesses: uma luta entre o Império e os monges. Bizâncio
queria dominar os monges e seu poder econômico, pois eles eram donos
das imagens e dos locais de devoção o que rendia grandes afluxos de doações.
Todavia, o Império capitulou, pois a força dos monges e da devoção
popular foi mais forte."
(Fonte: Licenciatura em Historia da Unimes)
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