quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ESCOLA DE ANALLES E MARX

ESCOLA DE ANALLES E MARX

No trabalho “Os Annales e as suas influências com as
Ciências Sociais” Olívia Pavani Naveira Bacharel em História / Graduanda em Letras – USP disse o seguinte:
A revista dos Annales foi fundada em 1929 tendo como principais mentores Marc Bloch e Lucian Febvre. Sua nova abordagem para o estudo da História trouxe conseqüências e influências até os dias de hoje. A revista se consagrou conjuntamente com a obra de seus principais fundadores . O movimento dos Annales, normalmente chamado de Escola dos Annales, não possui exatamente, os elementos que constituem uma escola, rigidamente organizada fechada estritamente em torno de uma convicção ou paradigma.Para o entendimento da formação e da configuração do que consideramos como os Annales, torna-se mais acertado entendê-lo como um movimento, que não se restringe somente às publicações contidas nos “Annales d’histoire économique et sociale”.




Ao contrário de Marx, Marc Bloch tinha uma visão da história voltada para o homem comum e o seu dia-a-dia, já Marx visualizava uma maneira de criticar as oligarquias e os dominares, propondo sempre uma revolução das classes dominadas. As idéias de Marx serviram mais aos propósitos do Diabo em fomentara revoltas armadas no mundo, guerra e destruição do que a construção de um mundo melhor.



Efetuando pesquisa no site: http://wapedia.mobi/pt/ Revue_des_Annales encontrei informações sobre a Escola de Annales e prefiro este assunto ao Marxismo, já desgastado pela própria prática do Marxismo, que ao ser posto em prática,tornou-e o "império das trevas". Em 1929 foi publicado a Revista com o título Annales d'histoire économique et sociale (em português, Anais de História Econômica e Social), pelos historiadores franceses Marc Bloch e Lucien Febvre. A visão destes dois historiadores revolucionaram o meio inelectual por trazer uma nova perspectiva do estudo da História, como esta escrito na Wapedia:

"Os artigos publicados na revista caracterizavam-se pela busca da ampliação dos campos de estudo da História, incorporando-lhe todos os demais campos do conhecimento humano que pudessem explicá-la, particularmente a Antropologia, a Sociologia, a Linguística, a Estatística e a Economia. Ao romper com a chamada "história factual" (ou "história dos eventos"), os seus fundadores passam a valorizar as mentalidades, o cotidiano, a arte, os afazeres do povo e a psicologia social, agora elementos fundamentais para a compreensão das transformações vividas pelos homens e seu meio."

Atualmente, em 1994, a revista passou a chamar-se: "Annales. Histoire, Sciences Sociales" ("Anais: História, Ciências Sociais"). Continua sendo um veículo de interação entre os estudiosos.


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SALA INTERDISICIPLINAR

TEMA: RELATÓRIO SOBRE A VISÃO DA SOCIEDADE PELOS MARXISMO E PELA ESCOLA DE ANNALES

INTRUDUÇÃO

O marxismo aborda a história do ponto de vista político, focado em uma mudança social pelo governo. A Escola de Annales lança luz na vida do cotidiano e resgata os registros destas histórias particulares.


O POSITIVISMO DE ANNALES

A escola de Annales se concentra na história do cotidiana e como a humanidade caminha para o progresso sem grandes mudanças. Alguns intelectuais se organizaram para publicar suas ideias em uma revista para divulgar suas ideologias. A escola de Annales desmerece os herois da humanidade, não os considerando primordias para o desenvolvimento histórico, o que considero um erro. Por mais que sabemos o quanto os homens dão versões diferentes aos fatos, devemos considerar que mesmo assim houve grande homens que fizeram grandes feitos em todos os campos da sociedade.

A REVOLUÇÃO DO MARXISMO

A transformação social e humana se faz por uma visão histórica em que a consciência coletiva serve como propulsor para alterar as feições sociais pela revolução. A política e o governo é alvo constante das reflexões marxistas. Uma idéia só é boa quando posta em prática, senão fica na pura especulação. O marxismo toda vez que foi posto em prática causou guerras e anarquias. Quem esta em baixo da pirâmide sempre quer distribuir a carga com os outros e é favor da "divisão das riquezas". Eu também sou socialista, mas acho que isso não pode ser imposto pelo Estado. Na história muitos ricos abdicaram das suas riquezas pelos pobres. Mas também graças a Deus que muitos ricos continuaram ricos, porque com suas genialidades e espíritos empreendedores dobraram suas riquezas e geraram empregos e progresso para a humanidade.

CONCLUSÃO

Todo o debate é saudável e capaz de proporcionar sabedoria e conhecimento, até que um dos lados não tente impor suas idéias a "foice e martelo", de maneira que tenho ansias de vômitos ao falar do marxismo. Esta turma só precisa de uma ferramenta agrícola para estabecer ditadura e autoritarismo. Hugo Chaves, e seus pupilos da Ámerica é o exemplo do renascimento de socialismo marxista. Se no capitalismo a mão de obra operária enriquece alguns, no socialismo marxista, todos perdem. Acredito na revolução íntima, interior, individual. Mudemos o homem para mudar a sociedade. Mudar a sociedade para mudar o homem...sei onde isso vai parar!!!


POR VALDEMIR

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POR JOÃO RINQUE:

Valdemir e Neusa, boa noite.

Aproveitem que ainda têm tempo para alterar algum pontos do relatório. A introdução diz que o marxismo aborda a história do ponto de vista político quando o correto seria econômico estrutural. E ele não foca a mudança pelo governo como dizem. Os Annales não são positivistas como afirmam. Eles se opunham ao modo positivista de abordagem histórica. O marxismo por seu lado, considerava os Annales conservadores por não admitirem mudança com revolução. O materialismo histórico é uma concepção teórica das mais funadamentadas e adequadas ao capitalismo. O seu mal uso pelos regismes políticos comunistas foi uma apropriação desvirtuada e corrompida cujo resultado vocês e nós também, como a grande maioria dos viventes rejeitam e deploram. Não devemos culpar a cabeça pela dor da paulada de que foi vítima.

Obrigado pelos créditos bibliográficos mas minha parceira e eu não somos merecedores de tal honraria. Como vocês, somos aprendizes e nosso trabalho com certeza precisa de acertos e aprofundamentos. Ele se encontra a espera de suas análises e apontamentos como o determinado por esta atividade. Foi em obediência a essa determinação que me obriguei a comentar o trabalho de vocês e dos que procederam ao envio.

Abraços.

João Rinque.



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OBRIGADO JOÃO RINQUE


Sua observação sobre o POSITIVISMO E A ESCOLA DE ANNALES É VERDADEIRA, pois a escola de Annales se opunha ao positivismo da História como diz o professor Alberto Caldas da UFRO:"O Positivismo em História se restringe, hoje, à chamada “História Oficial”, à “História de Segundo Grau”. Essa “História Positivista” não será aquela que será desmoralizada e dissolvida pelos Annales."

Entretanto este abismo não era tão imenso assim, há pontos homogênios entre estas escolas como diz o professor A. P. LEME LOPES, doutor em História pela Universidade de Brasília (UnB):

"Mas a tão falada ruptura entre o 'positivismo' e a 'escola dos Annales' não é tão brusca assim: a história muda de rumo, mas continua sendo científica. Os annalistes, ao mesmo tempo em que rejeitam a "ciência estéril dos fatos" dos positivistas, aprovam com ardor a idéia de ciência sociais."

Quanto a observação do caro colega João Rinque sobre o marxismo ser uma doutrina econômica e não política, vejo isso com ressalvas porque o marxismo faz uma proposta economica que só pode ser implantada por força política, além do que, os marxistas não assumem, que seus ideais na prática produzem "dor de cabeça". Na Revista Espaço Acadêmico numero 96 de 2009 o professor Paulo Roberto de Almeida diz com bastante propriedade:

"A falácia acadêmica talvez esteja, aqui, na identificação do socialismo real com a doutrina marxista, quando ambos guardam, se tanto, vinculações tênues em termos de legitimação teórica e de busca de fundamentação instrumental. Muitos marxistas, na verdade, recusam essa vinculação entre o socialismo soviético e o marxismo teórico, pela inevitável contaminação criminosa do segundo pelo primeiro: o número de vítimas (atestadas) do marxismo prático – ou socialismo real – é muitas vezes maior do que seus congêneres socialistas da vertente fascista. (Parênteses: não há como descartar o fato de que tanto Mussolini quanto Hitler pretendiam construir o ‘socialismo de Estado’ e que nos fundamentos de ambas as doutrinas encontra-se o regime econômico coletivista dominando amplamente pelo Estado).

Em seu discurso o próprio o professor Paulo Roberto em sua obra " Falácias acadêmicas, 8: os mitos da utopia marxista" lembra que o marxismo causou desastres com suas teorias:

"Quais são, então, os mitos da utopia marxista? As falácias do marxismo são muitas, inumeráveis mesmo, tendo em vista que mais de um século e meio se passou desde que as primeiras hipóteses sobre o ‘desenvolvimento histórico’ foram formuladas pelos demiurgos originais e que, desde então, epígonos e discípulos têm-se encarregado de perpetuar essas falácias, sem o mínimo cuidado em efetuar sua crítica e evitar sua repetição. Essas falácias têm a ver com a famosa ‘interpretação econômica da história’ – e seus derivativos sob a forma de ‘modos de produção’ e ‘lutas de classes como motor da história’; e também com toda a parte analítica no terreno da economia, que quiçá foi a que produziu os maiores desastres já conhecidos na história econômica mundial,"