ESSENCIALISMO (HISTORIOGRAFIA)
O Escriba Valdemir Mota de Menezes defende a tese educacional essencialista, onde devemos preparar o aluno para a vida, ensinando-os as virtudes.
O essencialismo desconsidera os seres reais considerando-os em seus
aspectos ideais. O ideal de bondade, justiça, felicidade etc. São ideais que
transcendem o aspecto natural, isto é, que não é acessível a um conhecimento
por meio da experiência.
A leitura essencialista de mundo se estabelece no período da Antigüidade
grega, século V a.C. e Idade Média.
Para o essencialismo há uma substância, uma essência humana que identifica
cada espécie e tem por característica ser universal, vale dizer, que se estende
a tudo, por toda parte e que tem o caráter de absoluta generalidade.
Nesta perspectiva existe uma natureza humana, desde sempre dada, sendo
que a ação humana é resultado desta necessidade intrínseca, ou seja,
desde sempre estabelecida e dada. Em outras palavras, já nascemos com
certa potencialidade que deve passar por um trabalho em direção a um fim
que seria a perfeição. O homem, nessa perspectiva é um ser educável. Sua
essência é a racionalidade. Trata-se, portanto, de uma educação dirigida
ao espírito.
Podemos destacar como principais representantes desta filosofia educacional
os filósofos Platão (428-347 a.C.), Aristóteles (384-324 a.C.), Santo
Agostinho, (354-430 d.C.) e Santo Tomás de Aquino ( 1227-1274 d.C.).
Na perspectiva essencialista
O real constitui uma ordem ontológica: tanto o mundo
como o homem são vistos como entes/substâncias
que realizam uma essência. A essência de cada ente
contém e define as características específicas de
cada um, que são universais e comuns a todos os
indivíduos da mesma espécie. A perfeição de cada
ente se avalia pela plenitude de realização dessas potencialidades
intrínsecas. (SEVERINO, 1994, p. 35)
Assim sendo a educação tem características essencialista.
...a educação é concebida como processo de atualização
da potência da essência humana, mediante
o desenvolvimento das características específicas
contidas em sua substância, visando sempre um estágio
de plena perfeição e atualização total. (Severino,
1994, p. 35)
FONTE: UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
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