A imagem ilustrada da humanidade formada de um Homem único, que permanece homem enquanto evolui de geração em geração; ou então a figura da corrida em que o atleta passa a tocha às mãos do companheiro e sucessor, que, por seu turno, fará o mesmo depois de cumprido o seu percurso: eis símbolos recorrentes da crença no progresso contínuo.
É vivo, porém, o sentimento de que o progressismo atravessa hoje uma das suas crises mais traumáticas. (...) Parece-me que ela resulta de frustrações na medida em que o avanço tecnológico, além de ter acarretado prejuízos terríveis à natureza, (...) não curou as feridas de miséria do (...) mundo nem humanizou o convívio entre os povos em pleno fim de milênio. (Bosi in NOVAIS, 1992)
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