sexta-feira, 13 de novembro de 2009

HISTORICISMO




Segundo Japiassu o conceito de Historicismo é:

“método filosófico que tenta explicar sistematicamente
pela história, isto é, pelas circunstâncias da evolução
das idéias e dos costumes ou pelas transformações
das estruturas econômicas, todos os acontecimentos
relevantes do direito, da moral, da religião e de todas
as formas de progresso da consciência.” (JAPIASSU.
1996, p.129)

TRADIÇÃO ORAL

Maria Teresa Frota Haguette no seu livro Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis:
Vozes, 1987. p.83 nos fala como é importante para a ciência a tradição oral:

A HO uma técnica de coleta de dados baseada no
depoimento oral, gravado, obtido através da interação
entre o especialista e o entrevistado, ator social
ou testemunha de acontecimentos relevantes para a
compreensão da sociedade; b) A HO tem por finalidade
o preenchimento de lacunas existentes nos
documentos escritos, e assim, prestar serviços à
comunidade científica através da socialização de seu
produto; c) A HO é interdisciplinar, interessando à História,
à Sociologia, à Antropologia, à ciência política e
mesmo ao jornalismo; d) Embora caracterizada como
uma técnica, ela não prescinde da teoria que informa
o objeto a ser reconstituído; e) Como instrumento de
captação de dados ela sofre de algumas limitações
comuns a outros instrumentos de coleta .

A tradição oral é uma ferramenta na captação de dados que interessa a vários ramos das ciências humanas. O Jornalismo e a Investigação Criminal muitas vezes chegam a descobertas espetaculares graças a transmissão de história oral que alguém resolveu checar e deu “bingo” ( achou, deu certo, confirmou).


TRADIÇA~ORAL DA TRIBO PATAXÓS


Lembro-me de um caso em que um rapaz havia cometido um assassinato em São Paulo e se escondeu no Mato-Grosso, o inquérito havia sido arquivado sem que nada fosse descoberto pela policia e que pudesse levar a autoria do homicídio, mas o criminoso em um dia que estava enchendo a cara no bar de um vilarejo começou a se empolgar e descreveu o homicídio que havia cometido em São Paulo.

Um dos ouvintes, incrédulo com a história narrada pelo autor dos fatos, achou que o mesmo contava aquilo para se jactar do feito violento e criminoso, talvez visando ser temido e respeitado, pois bem, o incrédulo comunicou o fato a um policial amigo seu que por sua vez resolveu checar com a delegacia da circunscrição onde ocorreu o delito e os dados foram tão precisos que foi possível obter provas contra o autor, inclusive com o encontro da arma do crime, escondida nas imediações do sitio dos eventos e assim foi decretada a prisão do “contador de histórias”.

O historiador nunca pode abrir mão das histórias contadas de um para outro sem que possa filtrá-la e pesquisa-la, checando seus dados. Muitas histórias que a princípio pareciam mitos, mentiras e crendices populares tiveram sua história confirmada com a busca da verdade do passado. Mas também ninguém deve ser ingênuo a ponto de acreditar que uma tradição oral conseguiu ser transmitida de geração à geração sem que tenha sofrido adaptações e mudanças. O primeiro problema com o fator da tradição oral é a imprecisão da memória como diz PETER BURKE, na sua obra A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Ed. UNESP,1992. p.190-191:

a memória é sabidamente indigna de confiança e um
teto inseguro quando comparada aos registros inanimados
e imutáveis dos documentos, através de anos
de questão (...) as fontes documentais não são tão
involuntárias e naturalmente legadas a nós como poderia
se pensar. (...) Assim poderíamos virar a mesa.
Poderíamos argumentar que na verdade o testemunho
oral, seja ele coletado em gravação em fita (...), ou
pelas pesquisas de campo (...) está mais próximo da
fonte principal. Ele é certamente vulnerável a problemas
como aqueles que afetam as fontes documentais
modernas, mas eles são diferentes. Ambos tem em
comum o fato de poderem estar sujeitos a invenção
da tradição, mas os problemas de má utilização dos
dados orais são possivelmente mais fáceis de serem
localizados e resolvidos ...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CENTRO DA HISTÓRIA

A criatura que governa a Terra é o ser humano, os demais seres criados estão em um patamar muito inferior a espécie humana, foi assim o ato da criação e a história registra o mundo na visão dos humanos, pois estes são os únicos seres do planeta que registram a história. No curso de licenciatura em História da Unimes há o seguinte comentário desta verdade incontestável:

“Através dos séculos, a sua atuação no meio social constituiu a História.
As antigas fontes e as tradições culturais nos mostram o homem como
aquele que domina os demais seres da natureza. As escrituras sagradas
já registravam esse modo de pensar. No livro do Gênesis (1,26) a criação
do homem: “..façamos o homem a nossa imagem e semelhança, e presida
aos peixes do mar e às aves do céu, e aos animais selváticos, e à terra
inteira, e a todos os répteis que se movem sobre a terra.”(Curso de História da Unimes Virtual)


O homem é o centro da história

FONTES DE PESQUISAS

“A pesquisa em História Antiga já sofreu com a concepção de que as fontes
disponíveis eram mínimas e infinitamente menores que a quantidade de
fontes documentais sobre a Idade Moderna. Hoje essa teoria está defasada,
pois surgem sempre documentos novos. Outra facilidade que se apresenta
é a própria noção de documento que se expandiu. Isso faz com que o
pesquisador de História Antiga enfrente um novo problema: a heterogeneidade
documental, ou seja, os textos tem discursos diferentes, seguindo linhas
distintas indicando lógicas específicas. Isso faz com que essas novas
informações sejam entrecruzadas em algum momento da pesquisa”. (Curso de História, da Unimes Virtual)

Quem pesquisa história deve estar atento para as diversas fontes de informações que possam lhe revelar o passado. Uma carta, um quadro, notas contábeis, estradas, monumentos, matéria-prima local, tudo que existiu no passado serve como fonte de pesquisa para o historiador, neste objetos deve está registrado algum fato do passado.

FOTOS ANTIGAS REVELAM PASSADO RECENTE, É PRECISO OLHAR CLÍNICO

ACUMULO DE EXPERIËNCIAS

Estudar e registrar a história é importante porque muitos conhecimentos e descobertas feitas pelos homens não puderam se realizar em um geração, o conhecimento teve que ser acumulado até mesmo por gerações até que chegássemos a descobrir pela experiência como a natureza se comportava. Observações astronômicas requerem comparações de séculos de observações, conhecimentos que só puderam ser obtidos graças aos registros feitos de geração em geração. Acertadamente Giordani disse sobre esta acumulação do saber:

“Desde o alvorecer da humanidade até os nossos
tempos presentes, notamos a atividade humana num
processo lento, às vezes, porém sempre constante.
As gerações se sucedem deixando umas às outras
apreciável legado, rico em experiências e conquistas
materiais e espirituais. E se considerarmos o conjunto
das realizações do gênero humano, não podemos
deixar de meditar na frase de Pascal: ‘Todo séqüito
dos homens, durante o decurso de tantos séculos,
deve ser considerado como um mesmo homem que
subsiste sempre e que aprende continuamente’ ...
( GIORDANI, Mario Curtis. História da Antiguidade Oriental. Petrópolis: Vozes, 1993. p.13.)




BLAISE PASCAL

A IMPORTANCIA DA HISTORIOGRAFIA AOS PROFISSIONAIS

Estudar história é importante para diversas profissões que podem abalizar o desenvolvimento daquele seguimento de ofício, podendo comparar as técnicas do passado com a do presente, e como as necessidades humanas fez surgir centenas de novas profissões e como tem feito outras profissões extintas. Com muita propriedade Giordani disse:


MARIO GIORDANI


“Como ampliará a cultura profissional de um advogado,
conhecer a gênese do direito contemporâneo através
dos séculos!
Que complemento indispensável à formação do arquiteto,
o conhecimento da evolução da arte entre
povos mais diferentes nas mais distantes e longínquas
épocas!
Que belo adorno aos conhecimentos de
um médico, o saber dissertar sobre as diversas fases
atravessadas pela arte de curar !”
(GIORDANI, Mario Curtis. História da Antiguidade Oriental. Petrópolis: Vozes, 1993. p.23)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CIÊNCIAS CORRELATAS

A ciência chamada história trabalha com varias outras ciências para poder alcançar seu objetivo que é entender os fatos e decisões tomadas pelas pessoas em certo lugar e certo momento histórico. O estudo da História convencionou-se dividir em algumas etapas cronológicas como:Pré - História, Antiguidade, Idade Média, História Moderna, Arqueologia, História Contemporânea, História da América e da África, a Teoria da História, Civilização Ibérica, História da Arte e o Patrimônio Cultural.


São varias subdivisões da história para chegar a compreensão dos acontecimentos do passado, mas também o historiador precisa ter uma visão global do ponto de vista das ciências humanas como:Filosofia, Sociologia, Geografia, Antropologia, Psicologia, Teologia, ente outras para entender o contexto em que as coisas se desenvolveram.


DIVISÃO DA HISTÓRIA

A divisão da matéria histórica pode se dar sob vários enfoques, sejam eles
no estudo do homem no seu contexto social, na conjuntura política, no
aspecto religioso, no panorama cultural e até mesmo material.



Exemplo de ciências correlatas.